Ficaria muito surpreso ao chegar a uma loja, nos shoppings da cidade, supermercados e grandes magazines e encontrasse uma representação fiel dessa época tão bonita e acolhedora que é o Natal, um presépio completinho, manjedoura com todos os personagens que representam fielmente o sentido desta data, o nascimento do Salvador, idealizado por São Francisco de Assis que nos chega até hoje pela tradição Cristã.
Mas não, não é assim que pensam essa época, nem o comércio nem as pessoas que acham que ela é importante. O sentido é outro, uma confraternização para a troca de presentes com os convidados e não com o aniversariante. A manjedoura é trocada por uma grande árvore brilhante, que encanta e hipnotiza, os personagens são outros, um senhor de barba branca e veste vermelha e outros pequenos e verdes, tudo isso faz esquecer o real sentido do Natal, que não é a compra nem a troca de presentes.
No evangelho do dia primeiro de dezembro (Mateus 9,27-31), semana que ainda marca o início do tempo do Advento para a Igreja Católica, um ano novo que começa, nos faz refletir exatamente sobre o que pedimos para ver e o que Jesus nos pede para enxergar. Dois cegos tiveram um belíssimo encontro com Jesus e através da fé de cada um deles puderam voltar a enxergar, mas apesar da recomendação do Cristo, anunciaram as maravilhas com que foram tocados.
Eles puderam ver o Messias, vivo, escutar as suas palavras, serem tocados pelas maravilhas do Senhor, um encontro pessoal de fé, amor, caridade, que mudou o coração de cada um deles. E nós, será que ainda estamos como cegos para as maravilhas que Cristo nos mostra a cada dia ? Ainda não abrimos os nossos olhos pela fé para o vermos e proclamar o verdadeiro sentido do Natal ? Jesus já nos deu o grande presente, a imortalidade com Ele. Retribuímos a altura ?
O mundo está tornando cada vez mais difícil mostrar de quem é a festa no mês de dezembro, quem é o aniversariante, os pais estimulam os filhos a escreverem cartinhas para Papai Noel, pedido presentes, mas não pedem para escrever cartinhas para o Papai do Céu, para pedir bênçãos, amor, carinho, unidade na família, paz, saúde, prosperidade, e tantas coisas boas que o “Bom Velhinho” não tem condições de dar.
Não custa nada lembrarmos quem é o aniversariante e a quem devemos dar graças e agradecer pela Sua vinda. Passarmos essa lembrança para os nossos filhos e netos como o Natal real e não o fictício onde o efêmero está tomando conta. Lermos a bíblia, em Lucas 2,1-14, nos emocionarmos e cantarmos parabéns para Cristo, Jesus.